Nova Andradina completou neste domingo, 20 de dezembro, 62 anos de criação, se consolidando, como polo comercial na região do Vale do Ivinhema, conforme dados da Associação Comercial de Nova Andradina (ACINA).
As terras que compõem o município foram colonizadas pelo paulista Antônio Joaquim de Moura Andrade, pecuarista, homem dotado de extraordinária visão e de incomum habilidade. Iniciou seus trabalhos de colonização em Mato Grosso, por volta de 1938 ou 1939, quando adquiriu do Estado, a Fazenda "Caapora", que mais tarde passou a se chamar Fazenda Primavera, localizada nas proximidades da formosa baía do Rio Samambaia, em plena selva, no Vale do Rio Paraná. Anos mais tarde, Moura Andrade estendeu seus domínios adquirindo as fazendas Santa Barbara, Baile, Xavante e Panambi.
A fazenda Baile pertenceu inicialmente a Henrique Barbosa Martins e depois a Domingos Barbosa Martins, ambos membros do clã dos Barbosa Martins, que escreveram brilhantes páginas da história de Mato Grosso e constituem uma das mais tradicionais famílias de Mato Grosso do Sul. As terras foram adquiridas por Moura Andrade em 1951. No segundo semestre de 1957, destacou ele uma gleba da fazenda onde implantou os alicerces da cidade de Nova Andradina. Em seguida, procedeu ao loteamento de outras propriedades rurais, estabelecendo grandes vantagens para os adquirentes, o que determinou a vinda de grandes levas de migrantes, determinando rápido povoamento da região.
No mesmo ano, em um barracão da empresa que procedia a abertura das ruas da cidade, instalou-se a primeira escola da nova comunidade, tendo como professoras Efantina Quadros, conhecida popularmente como D. Lalá, Katsuko e Mariko Fujibayashi e Cecília Holanda. No ano seguinte foi construído um prédio de alvenaria, que passou a ser denominado Grupo Escolar Moura Andrade. Nova Andradina foi elevada a Vila, Distrito e Município em 1958. A primeira missa foi celebrada por Frei Luiz, na capela do Imaculado Coração de Maria, recém-construída na nova povoação. O primeiro estabelecimento comercial aí implantado pertencia a Kokey Itaya. O primeiro juiz de paz foi Austrílio Capilé de Castro e a primeira escrivã foi a senhora Irman Ribeiro da Silva. Entre os anos de 1967 e 1969 o então prefeito, Alcides Menezes de Faria, trabalhou para trazer saneamento básico e energia elétrica à cidade.
Atualmente, Nova Andradina se destaca como uma das maiores e mais importantes cidades de Mato Grosso do Sul. Consagrado como polo universitário, econômico e industrial, o município abriga diversas instituições de ensino, entre escolas públicas da rede municipal, estadual, privada, faculdades e universidades. A "Cidade Sorriso" possui ainda comércio forte e diversificado e registra grande expansão industrial, com destaque para a produção de carne, produção sucroalcooleira e empresas ligadas à construção civil.
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