Seja em uma grande cidade ou em um município com poucos habitantes, as associações comerciais realizam um trabalho fundamental para alavancar o comércio. Entidades representativas da classe empresarial, elas unem os comerciantes em prol de um objetivo, e, com um segmento fortalecido, consequentemente, há melhorias no ambiente de negócios como um todo.
Em Mato Grosso do Sul, a Federação das Associações Empresariais (FAEMS) visa integrar, defender e fortalecer as associações comerciais de MS através do associativismo. Ela conta com o apoio do Sebrae/MS para levar melhorias para a gestão das entidades representativas e seus associados.
Para trazer um panorama desta atuação, principalmente diante dos desafios trazidos pela pandemia de Covid-19, a Entrevista do Mês da Agência Sebrae de Notícias é com o presidente da FAEMS, Alfredo Zamlutti. Ele também é o representante da entidade junto ao Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae/ MS. Confira:
A pandemia impactou o comércio. Qual a importância do associativismo, neste momento?
O nosso associativismo, visa, junto com o Sebrae, trabalharmos junto com o pequeno e micro empresário, para perseverarmos a atividade econômica. As nossas associações estão muito alinhadas à FAEMS. Todos são bem intencionadas e trabalham para fortalecer o comércio, que é a base da economia de qualquer Estado. O comércio responde pela maior arrecadação de impostos que o governo municipal, estadual e federal recebe. Trabalhamos de forma conjunta. Já enfrentamos problemas diversos que prejudicavam a classe e sempre tivemos essa união, porque ela gera emprego e renda.
Sobre a pandemia, ela veio para ficar, não podemos dizer que vai acabar daqui um ano. Ela veio e transformou o mundo, que é outro depois do Covid-19. A posição da FAEMS, desde o primeiro momento foi de que devemos ter um horário de fechamento de meia noite a 5 horas da manhã, e permitir o funcionamento de todas as atividades, desde que respeitadas com todo o rigor as normas sanitárias e com punição severa a quem desrespeitasse. Então, teríamos uma estratégia de combate funcionando há muito tempo. A posição da FAEMS e suas filiadas seria esta. O principal ponto que sempre defendemos é que houvesse uma repressão educativa. Em que na primeira oportunidade seria uma advertência, e depois, a lacração do estabelecimento por determinado tempo.
Quais são as ações da FAEMS para auxiliar as associações comerciais e o comércio como um todo neste momento?
Desde que estamos, temos tentando criar uma fonte de renda extra para as nossas associações. Estamos há 15 meses sem poder viajar, só podendo fazer reunião virtual. Mas, tentamos levar fontes de arrecadação para fortalecer as associações comerciais do nosso Estado. Eu não posso exigir de uma associação, neste momento, embora todos façam um esforço para pagar uma mensalidade para a FAEMS. Muito comerciante com essa crise deixou de pagar e entendemos. Então, sempre procuramos levar alguma coisa para eles.
Qual a sua perspectiva para o comércio em 2021 aqui no Estado?
O comércio como todo no mundo se adaptou à uma nova, era tecnológica. Hoje é delivery, as pessoas estão se conscientizando que o mundo mudou. E o comerciante que não se adaptar a essa nova era, ele vai ficar de fora. Porque, da mesma forma que a pandemia trouxe problemas seríssimos, como empresas fechando e desemprego, mas, é preciso que a gente se adapte, porque de todo mal, tem um lado bom, que é adaptação às novas normas. Nunca ninguém pensou em reuniões virtuais para eleições, e agora tudo mudou. Nada será como antes. Vocês têm exemplos de pessoas que se reinventaram. O termo certo é reinventar o seu comércio. Se você não sabe fazer isso, procure o Sebrae, procure a sua associação, procure a sua federação, e vamos então realmente nos reinventar. Tenho certeza de que tudo isso vai passar, e vamos nos adaptar a uma nova era com muito mais rendimento, progresso e emprego.
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