Linha de financiamento do BNDES pretende liberar R$ 20 bilhões para pequenas e médias empresas

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social lançou nova linha para capital de giro 

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Presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, durante lançamento de linha de crédito do BNDES giro, no Palácio do Planalto (Foto: Gustavo Froner)

Com a promessa de oferecer R$ 20 bilhões em crédito até agosto de 2018 para pequenos e médios empreendimentos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou a linha BNDES Giro. Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Michel Temer e de ministros, o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, alertou para a importância de se atender à necessidade de financiamento dos pequenos negócios, já que mais de 80% das micro e pequenas empresas não têm acesso a crédito.

“Para o BNDES, pequenos são aqueles que faturam até R$ 90 milhões e, para nós, que seguimos a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, o teto é de R$ 3,6 milhões ao ano. Dinheiro para empresários desse porte significa geração de emprego e renda para o país. Estamos juntos por esse objetivo”, disse Afif, ao lado dos ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Dyogo Oliveira (Planejamento, Orçamento e Gestão) e do presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro.

Temer confirmou que a facilitação de crédito aos empreendedores tem como objetivo central o combate ao desemprego. Dados sobre emprego no Brasil indicam que mais da metade (54%) das vagas formais de trabalho são ofertadas pelos pequenos negócios. “O BNDES Giro dá uma injeção de vitalidade nas micro, pequenas e médias empresas”, assinalou o presidente da República.

A linha BNDES Giro prevê aprovação de cadastro em três segundos para as empresas com dados previamente aprovados na instituição financeira repassadora do financiamento. A ideia é que toda a operação seja feita de forma digital e o crédito esteja disponível em 24 horas. Nas instituições conveniadas, o empreendedor poderá recorrer ao Fundo de Aval da Micro e Pequena Empresa (Fampe), oferecido pelo Sebrae, que oferece garantias complementares e hoje dispõe de mais de R$ 800 milhões em recursos, que podem garantir até R$ 13 bilhões em financiamentos. “Começamos esse fundo com R$ 25 milhões, em 1995, para perdê-los. E ocorreu o contrário: o Sebrae nunca mais pôs dinheiro ali. Isso mostra que o pequeno é pontual, desde que o crédito seja bem orientado e bem distribuído”, exemplificou Afif.

O custo financeiro para os pequenos negócios será o da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) mais os juros estabelecidos pelo banco contratante, sendo o spread do BNDES de 1,5% ao ano. O prazo é de até 60 meses para pagamento, com 24 meses de carência e limite de R$ 70 milhões contratados por beneficiário ao ano. “É uma iniciativa que mostra que o governo está se adaptando e modernizando para dar uma resposta ao setor produtivo”, resumiu Paulo Rabello de Castro.

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