Publicado em 07/01/2022 às 08:59, Atualizado em 07/01/2022 às 14:01
A pandemia mudou o jogo do varejo: as compras pela internet realmente caíram no gosto dos brasileiros. A digitalização, assim como uma melhor experiência de compras nas lojas físicas é que prometem ser um diferencial no competitivo comércio. De acordo com o Relatório de Varejo 2021 da Adyen, empresa global de tecnologia de pagamentos, por exemplo, 90% dos entrevistados afirmaram que não voltam a comprar de marcas se tiverem vivido uma experiência ruim na loja física ou on-line.
E parte desta experiência é a de pagar. Os consumidores agora estão menos tolerantes a atritos e exigem mais rapidez e facilidade. Não à toa o PIX fez tanto sucesso por aqui. É por isso que 2022 trará uma segunda onda de transformação digital, impactando uma classe totalmente nova de setores.
Confira as seis tendências de pagamento no varejo para 2022, elencadas pela Adyen:
1.PIX é hoje pretinho básico
O Pix, sistema de transferências e pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central, foi muito bem recebido pelos brasileiros, tanto no varejo físico quanto no on-line. Em um ano, o Pix acumulou 105,2 milhões de usuários pessoas físicas e 7,4 milhões entre pessoas jurídicas. De novembro de 2020 a novembro de 2021, foram registradas mais de 1,2 bilhão de transações. A tendência para 2022 é que isso ganhe ainda mais aderência da população. Os varejistas que não incluírem o Pix como meio de pagamento poderão perder vendas e clientes.
2.Omnichannel é um caminho sem volta
Vender por diversos canais (loja física, site e aplicativo), chamado de omnichannel (ou multicanalidade) é uma realidade que chegou para ficar, mas é preciso ir além. Segundo a pesquisa da Adyen, 71% das pessoas disseram que seriam mais leais a um varejista que lhes permitisse comprar on-line e fazer devolução na loja, por exemplo. Ou seja, os clientes querem uma experiência de compras ágil e sem barreiras. Isso é possível com a integração entre os ambientes digital e físico.
3.Integrar canais e dados facilita tudo
Enquanto o omnichannel oferece diversas possibilidades de jornada de compra (site, app, loja física), o comércio unificado (unified commerce) integra os dados gerados nesses canais. Assim, os consumidores têm seus dados centralizados em um único sistema, o que facilita eventuais trocas em loja de produtos adquiridos no e-commerce, e vice-versa. Com a tecnologia, os varejistas também conseguem aceitar pagamentos em diferentes canais, tomando decisões baseadas em dados.
4.Personalizar para fidelizar
Oferecer personalização e conveniência será o pulo do gato em 2022 para impulsionar a fidelização dos clientes. Nesse sentido, tecnologias de pagamentos que permitem obter informações sobre os clientes são grandes aliadas. Mas é importante que todos os dados de pagamentos sejam coletados em um só lugar, para que fique fácil cruzar informações e tirar dali dicas valiosas. Por isso, uma plataforma de pagamentos unificada será a chave para alcançar uma visão total do cliente.
5.As compras estão em todo lugar
O chamado comércio social crescerá à medida que on-line e off-line se misturem cada vez mais. Comprar deixou de ser uma atividade fragmentada e se tornou algo intuitivo, que conseguimos fazer até de forma mais passiva. Em nenhum lugar isso é mais aparente do que nas redes sociais, em que, graças ao desenvolvimento das ferramentas comerciais, cada feed de notícias no Facebook e Instagram é agora um canal de vendas. A tecnologia de pagamentos terá um papel fundamental ao possibilitar essas experiências fáceis para usuários B2B (para empresas) e B2C (consumidor final).
6.O live commerce está aí – você sabe o que é?
A aceleração do digital tornou possível um novo ambiente de compras: o “live commerce” (ou livestream e-commerce). Ele permite que marcas façam lives e realizem vendas instantaneamente, sem que o usuário tenha que sair da tela para comprar. Recentemente, TikTok e Kwai, aplicativos de compartilhamento de vídeo, começaram a produzir eventos de entretenimento em que os usuários podem comprar produtos diretamente na plataforma. Essa é uma tendência que veio da China e tem tido grande sucesso por lá. Grandes varejistas brasileiros já começaram seus testes com o live commerce.
Essas dicas podem ser interessantes não apenas para grandes empresas, mas também para os pequenos comerciantes. Ao aproveitar essas tecnologias disponíveis, os varejistas serão capazes de expandir os limites do varejo e interagir com os consumidores de forma mais eficaz – e vender mais, espera-se.