Com o objetivo de combater o suicídio, assim como a automutilação, a Prefeitura de Nova Andradina, através das secretarias de Saúde e Cidadania e Assistência Social, lançou a campanha de sensibilização e conscientização conhecida nacionalmente como “Setembro Amarelo”.
O ato inaugural aconteceu no Gabinete do prefeito Gilberto Garcia e contou com a presença de secretários municipais e agentes colaboradores da campanha no município. Durante a abertura, o prefeito Gilberto Garcia, acompanhado do secretário de Saúde Norberto Fabri Junior e da titular da SEMCIAS Julliana Ortega, indicou o apoio que a administração municipal tem oferecido para que sensibilizações como estas aconteçam no âmbito do município.
A campanha em Nova Andradina será coordenada pela responsável do Centro de Atendimento Psicossocial(CAPS) Graziela Braz da Silva, que trouxe até o prefeito a programação que será empreendida neste mês, além dos fatores que nortearão as abordagens sobre o tema. “Neste mês, nosso trabalho cotidiano voltado para o atendimento à saúde mental dos nossos pacientes do CAPS será compartilhado com a comunidade, com o objetivo de conscientizar e sensibilizar a população para o tema, que merece atenção, pois os índices sobre o suicídio são preocupantes”, disse Graziela Braz, psicóloga e coordenadora do CAPS.
Já a sub secretária de Cidadania e Assistência Social Sonia Rodrigues, que também colabora na coordenação da campanha, chamou a atenção das pessoas presentes no Gabinete para os dados que envolvem o suicídio. Sônia destacou que MS é o segundo Estado com o maior número de ocorrências desta tragédia silenciosa que já é a segunda maior causa de mortes entre jovens e adolescentes no mundo.
Ainda na manhã desta terça-feira, os organizadores e colaboradores da campanha estiveram no semáforo da esquina do Museu Municipal panfletando material informativo junto aos condutores de veículos e transeuntes da região central da cidade.
A agenda de atividades, organizada pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) seguirá durante todo o mês, com ações nas escolas, palestras de reforço à valorização da vida e à prevenção ao suicídio nas ESFs, além da distribuição de materiais informativos.
“Todos estão convidados a contribuir conosco nesta luta pela vida. Aqueles que, por algum motivo, não puderem acompanhar nenhuma das nossas atividades, podem fazer sua parte divulgando a campanha por meio de atitudes como adotar a cor da campanha no dia-a-dia, nas redes sociais, ou o uso de roupas ou laços de cor amarela, demonstrando adesão à causa e incentivando a discussão acerca do suicídio”, destacou o secretário de Saúde Norberto Fabri Junior.
5 mitos sobre o suicídio:
1) MITO: Quem quer se matar não avisa.
FATO: As pessoas que pensam no suicídio, normalmente, comunicam direta ou indiretamente que querem morrer.
2) MITO: Perguntar sobre suicídio pode induzir a pessoa a isso.
FATO: Conversar com a pessoa de forma sensata e acolhedora reduz o nível de desespero suicida.
3) MITO: Quando a pessoa fala que não tem mais razão para viver, devo mostrar que tem outras pessoas que sofrem mais que ela.
FATO: É preciso mostrar respeito, cuidado, compaixão, afeição, e, sobretudo, ouvir sem críticas e julgamento.
4) MITO: Devo dizer que tudo vai ficar bem.
FATO: A pessoa com ideia suicida precisa da ajuda de profissionais (psicólogo, psiquiatra), a ameaça suicida precisa ser levada a sério. A pessoa que pensa em morrer necessita de apoio emocional de um profissional.
5-MITO: Só pessoas com distúrbios mentais cometem suicídio.
FATO: Vários fatores contribuem para que a pessoa cometa suicídio. As pessoas com distúrbios mentais estão no grupo de risco para comportamento suicida, no entanto, isso não significa que todos que tenham algum distúrbio mental pensam em suicídio, tampouco que somente as pessoas com distúrbios mentais se suicidam. O comportamento suicida é um momento de extremo sofrimento, e não, necessariamente, um distúrbio mental.
Portanto, a ameaça de suicídio deve sempre ser levada a sério, pois a pessoa que pensa de maneira drástica e vê a morte como o único recurso está em extremo sofrimento e precisa de ajuda.
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